Maria Cristina R. Grilli Tissot
Mestre em Psiquiatria do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria da FMUSP.
Mario Rodrigues Louzã Neto
Médico Assistente do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP.
Hélio Elkis
Professor Associado do Instituto e Departamento de Psiquiatria da FMUSP.

Abstract:

Com o ressurgimento do uso da clozapina no tratamento da esquizofrenia refratária, em 1988, vários antipsicóticos de nova geração foram introduzidos no arsenal terapêutico para o tratamento da esquizofrenia, e é de senso comum que esses novos antipsicóticos representam um avanço na terapêutica da esquizofrenia. Diferentemente dos antipsicóticos de primeira geração (APG), a maioria dos novos antipsicóticos, também denominados antipsicóticos de segunda geração (ASG), tem como principal característica farmacológica maior afinidade aos receptores serotoninérgicos do que aos dopaminérgicos, e, embora com algumas exceções (como a amisulprida, quase exclusivamente dopaminérgica), acredita-se que esta seja a explicação para sua alta tolerabilidade em termos do desenvolvimento de sintomas extrapiramidais. No entanto, provavelmente devido a seu alto custo, os ASGs passaram a ser questionados em sua eficácia e, em virtude disso, várias revisões foram publicadas comparando os ASGs com os APGs em termos de eficácia terapêutica global e, mais especificamente, sobre sintomas positivos e negativos, além de, secundariamente, avaliar sua tolerabilidade.

Keywords:ressurgimento ,tolerabilidade ,(ASG)