Daniel Martins de Barros
Médico psiquiatra do Núcleo de Psiquiatria Forense (Nufor) do Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Abstract:

No livro A estrutura das revoluções científicas, o físico e filósofo da ciência Thomas Kuhn propõe um modelo de desenvolvimento das ciências ao longo da história. A ciência, qualquer que seja ela, é uma atividade desenvolvida de acordo com certos “paradigmas”, que são “aquilo que os membros de uma comunidade partilham” e, por extensão, “uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma”. Os paradigmas constituem, então, o modelo teórico a embasar as pesquisas, a delimitar as fronteiras, a julgar as soluções encontradas e até mesmo a validar as perguntas feitas. Conforme o conhecimento se acumula dentro da área do saber, contudo, o paradigma tende a ser levado a seus limites explicativos, até o ponto em que começam a surgir as “anomalias”: fenômenos com os quais o modelo vigente não consegue lidar, abalando sua força teórica.

Keywords:paradigmas ,perspectiva “kuhniana” ,Neurociência Forense