Paula V. Nunes
Médica psiquiatra, doutora em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP)
Orestes V. Forlenza
Coordenador do Ambulatório de Psicogeriatria (LIM-27) do IPq-HC-FMUSP.
Wagner F. Gattaz
Professor titular e diretor do Laboratório de Neurociências do IPq-HC-FMUSP

Abstract:

Pacientes com doenças psiquiátricas apresentam um risco aumentado para declínio cognitivo e demência. Esse risco parece estar relacionado tanto ao tipo de transtorno mental como também ao seu curso clínico e não aos potenciais efeitos colaterais cognitivos das medicações utilizadas para o tratamento. A grande maioria dos estudos enfatiza a remissão dos sintomas agudos e a prevenção de recaídas dos quadros psiquiátricos, em detrimento da avaliação das manifestações cognitivas no longo termo. O risco para declínio cognitivo parece ser diferente conforme a doença e pacientes com transtorno bipolar apresentam o mais elevado risco de demência, seguidos por pacientes com depressão unipolar, esquizofrenia e neuroses, em uma amostra com 50 anos de idade em média (Kessing et al., 1999).

Keywords:declínio cognitivo e demência ,pacientes bipolares ,depressão unipolar, esquizofrenia e neuroses